O contador exerce uma profissão que tem a possibilidade de estender honorários fixos para fontes variáveis decorrentes de diversos serviços, mas, em destaque, nesse cenário, há um que ultrapassa a barreira dos escritórios de contabilidade e abraça todos os demais profissionais dessa categoria. Tamanha é a magnitude dele que muitos brincam que é a oportunidade de fazerem o 14º ou até 15º rendimento mensal. Trata-se do período da Declaração do imposto de Renda da Pessoa Física. Para esse serviço se um profissional a contabilidade fizer um investimento adequado em divulgação terá retorno financeiro certo e excelente.
Entretanto cabem muitos alertas técnicos quanto a ele, mas, acima de todos está o seguinte: serviço de elaboração de declaração de imposto de renda não é mera datilografia ou digitação de documentos. Temos que ter em mente que a elaboração da declaração do imposto de renda é um serviço de consultoria. Essa questão embora pareça evidente, confunde clientes pelo fato de não entenderem ou perceber o que é exatamente uma elaboração de uma declaração de imposto de renda e confundi-la com uma mera digitação.
Além disso, a maioria das pessoas imagina que a declaração de imposto de renda é para apresentarmos ao fisco as rendas do contribuinte, mas isso é um ledo engano! O fisco sabe muito bem e em detalhes quais são as receitas de cada um de nós através do aparato tecnológico que possui. Na verdade, essa declaração é a apresentação ao fisco das origens e aplicações de recursos que demonstram a evolução do patrimônio das pessoas físicas, logo, o principal interesse do fisco é o patrimônio e como foi a sua evolução e em complemento como foram gastos o restante dos recursos.
Em consequência disso, percebemos que temos que ter um enorme cuidado com o registro do patrimônio na Declaração de rendas. Aliás, o movimento patrimonial “a descoberto” é uma das principais formas de cair na “malha fina”. Nesse ponto, também merece destaque que a Receita Federal passou a apostar no controle das notas fiscais e demais documentos eletrônicos de aquisição e gastos para verificar se os contribuintes possuem um padrão de consumo incompatível com as receitas declaradas.
Na mesma medida de relevância, estão os empréstimos. O Fisco está preocupado em identificar as operações dessa natureza que não são reais, exigindo dos contribuintes os comprovantes das operações, visando penalizar as que entender serem fraudulentas e visam manipular informações para “tapar” buracos no confronto de receitas e crescimento patrimonial, sendo assim, não basta mais fazermos somente o cruzamento entre as declarações de quem faz a doação com a de quem recebe. Logo, se você elabora declarações de imposto de renda, você deve estar apto a auxiliar seu cliente na confecção dessas operações.
Por outro lado, se vivemos um momento de cenário de elevada fiscalização, isso em contrapartida, nos possibilita performar financeiramente nossos clientes que são profissionais liberais e autônomos, justamente em decorrência das deduções legais permitidas em livro caixa, pois, se de um lado o fisco controla o contribuinte para evitar desvios de conduta através dos gastos, por outro lado, ele vê eletronicamente a legalidade das despesas legitimamente registradas no Livro Caixa Eletrônico.
Por fim, vemos claramente que todas essas questões permitem desenvolver excelentes serviços consultivos de elaboração de declaração de rendas que não são mera digitação.
excelente artigo.
Obrigado!